quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É impossível ser feliz sozinho..




Cheguei sozinha nesse mundo
Minha família, apesar de me amar, não iria durar pra sempre, e o amor que eles sentiam por mim(salvo o amor incondicional dos meus pais) era algo imposto. do tipo : ela é da família, temos que amá-la.Desde cedo, por mais que existisse esse amor imposto, alguns membros da família sempre mostravam suas preferências pela irmã mais velha ou a prima mais bonita. Simples assim, a família, um pequeno exemplo do mundão que me esperava adiante.
Cresci um pouquinho, o suficiente pra me colocarem na escola.
Foi duro, admito. Ficar longe dos pais nem que fosse por 4 horas era um sofrimento indescritível naquela época. E eu não era a única criança a chorar por isso.
Até que percebemos que não é só nossa família que existe. Muitas crianças, de diferentes tamanhos e fisionomias compartilhavam uma mesma sala, onde com o tempo, aprendi a me divertir e o principal : Aprendi a fazer amigos.
Não era algo instântaneo sabe? Chegava a ser monótono. Tinha que ser aos poucos, primeiro um olhar, depois um sorriso, um empréstimo de massinha de modelar, algumas risadinhas em comum e TCHARAM! lá estava um amigo .
Agora as preferências familiares não importavam tanto, às idas ao colégio eram mais divertidas, porque eu tinha a consciência de que lá encontraria pessoas que me fariam companhia, sorrindo, brincando, gargalhando ou chorando, junto comigo.
Fui crescendo rodeada de pessoas agradáveis, e à cada série que passava, descobria que nem sempre seria assim um relacionamento tão estável e perfeito. Diferente do maternal, as crianças agora tinham aprendido a ser preconceituosas e intolerantes, uma cópia dos pais. Julgavam crianças diferentes e só andavam com quem pensasse do mesmo jeito que eles, sem discordar de nada.
Não gostei da mudança, sempre fui pacífica, e sempre gostei de todas as pessoas, até elas me darem motivos pra parar de gostar e esse baque me fez ver que o mundo não era um lugar tão amigável assim de se viver.
Mas apesar de todos os preconceitos já enraigados em cada um desses jovens eu ainda conheci muitos amigos especiais, amigos esses que me fizeram companhia por anos e agora se tornaram apenas janelinhas de foto na lista de contatos do orkut, ou amigos com os quais fiz questão de não perder contato mesmo com as constantes mudanças de colégio (sim, não citei isso, mas é um caso à parte de muito sofrimento quando a pessoa faz amigos na escola antiga e tem que mudar)
Assim os anos foram se passando, as tecnologias evoluindo e a Internet surgiu.
Dentre as milhares de funções das quais quis usufruir dessa nova tecnologia, escolhi o habitual: Fazer Amizades.
Lá sim parecia um mundo perfeito, você poderia ser quem quisesse e sendo assim, as pessoas não poderiam te discriminar (mas ainda assim isso existia, o mundo é elitista gente,não se pode mudar isso. ) Passei anos tendo meio que uma vida dupla, conhecendo pessoas as quais eu não chegaria a conhecer nem a metade, mas que me faziam companhia quando as 'reais' não podiam, e , o principal, me faziam feliz.
Encontrei ali amigos de verdade, não aconselho sair confiando em qualquer um, mas confiei nos certos, e eles não me decepcionaram. Não sei bem o por que quis entrar naquele mundo, já até saí dele e ainda não soube explicar. Mas as pessoas que permaneceram ao meu lado independente de eu ter saído de lá ou não. Essas tenho certeza que ficarão ao meu lado pra sempre.
Hoje já estou na faculdade, e no começo ainda senti aquele receio de 'estar sozinha em um local desconhecido' como senti no maternal, essa é uma constante na vida que você nunca vai conseguir mudar, mas agora já me sinto bem por ter encontrado amigos lá, com os quais compartilho todas as minhas emoções cotidianas.Assim como na família, cada um vai ter suas preferências e ninguém está a salvo dos preconceitos dos não-amigos.
Mas fazer o quê, desde que você nasceu, sabes que a vida não é um mar de rosas né?

Eu cheguei sozinha nesse mundo, e vou embora sozinha dele, mas enquanto eu estiver aqui, tentarei viver os melhores momentos com as melhores pessoas que existem nesse mundo.
Meus amigos.

Queria agradecer primeiramente ao Tiago, meu primeiro amigo verdadeiro virtual e dizer que ele significa muito pra mim. Muito meeesmo Ti. Te amo pra sempre. (L)
Foi o Ti que escolheu as fotos dessa vez, foi ele que escolheu o tema e ele pedindo eu até me faço de difícil, mas eu faço do mesmo jeito.


Aos meus pais, meus primeiros amigos verdadeiros.
Aos meus amigos do Santa Catarina de Sena:
Yasmin, Monique ,Talita, Cristiane, Pedro, Victor, Thiago, Cadu, Alessandro,Agnaldo, Binho.
Aos meus amigos do Ideal:
Moira, Isadora, Rayssa, Guilherme, Jéssica, Jefferson, Khelson, Thalia, Janaína e Aarão(alguns eu perdi contato, mas lembro dos momentos e els valeram à pena)
Aos meus amigos da faculdade:
Manuella, Amandinha, Byanka, Nayra, Rayra, Luís Paulo, Vivianne, Wanderson, Mariana e Vinícius
E meus colegas de Ensino Fundamental, que estão numa lista enorme de contatos no orkut, mas que quando os reconheço na rua, faço a maior festa.
Obrigado por tudo.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Coincidências.



Ontem eu não fui dormir bem, por motivos pessoais.
Quer dizer, por mais que seu dia tenha sido perfeito, sempre tem aquela coisinha minúscula que faz tudo ficar ruim, certo?
É, foi o que aconteceu.
Bom, eu sabia que ia acontecer, de qualquer forma, sabia mesmo. De modo que as lágrimas cairam quase involuntariamente, e secaram de madrugada.
Acordei feliz da vida, não por ter superado nem nada, mas porque teria uma maravilhosa aula pra assistir, ao ar livre, perto dos meus amigos. Não podia ser mais perfeito.
E foi, foi incrível, quer dizer, o sol não ajudou nem nada, mas mesmo assim, o momento e as pessoas fizeram com que eu não percebesse coisas banais como o cansaço, o inchado dos olhos ou o tempo.
Voltei pra casa sorridente e com o intuito de descansar um pouco. Dormir e ter lindos sonhos antes de acordar e continuar a viver normalmente.
Foi aí que peguei meu mangá NANA pra ler e me pego lendo esses trechos aleatórios, porém significantemente comuns à minha noite anterior:

"-Dizem que brigar é sinal de que nos damos bem com a pessoa, mas a briga nada mais é do que o conflito de egos.
E não é dizendo tudo o que passa dentro de si que as pessoas conseguem se entender.
É provável que seja impossível viver sem nunca ferir alguém.
Mas pensei que deveria me esforçar para não ferir as pessoas que estão à minha volta.
Foi o que eu pensei do fundo do coração."

E uma dorzinha voltou a incomodar meu peito.
Foi aí que recebi uma ligação, meu melhor amigo ia gazetar a aula pra passar a tarde comigo.
Coincidência boa né?
Noites ruins podem até existir, mas espere até o dia seguinte, você pode se supreender.

Foto escolhida pelo Pedro.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que aprendi assistindo Being Erica...


Foi através de uma professora de inglês que conheci o seriado Being Erica.
Seriados em geral sempre me interressaram, alguns mais outros menos, mas esse em especial marcou completamente minha vida.
O objetivo principal de Being Erica é mostrar o valor de cada escolha que você faz na vida. E que não existe destino, seja lá o que acontecer no seu futuro, foi você quem escreveu.
De início me identifiquei com a personagem por motivos que prefiro não citar, mas que parecem muito óbvios quando se assiste. Sempre fui de relembrar o passado e me arrepender de alguma coisinha que eu tenha feito (acho que todo mundo é assim.) e ter a oportunidade de ver alguém voltar no tempo pra reviver esses momentos tidos á vezes como 'traumáticos' ou simplesmente 'marcantes', era uma oportunidade boa pra rever meus conceitos e refletir se eu realmente gostaria de voltar e mudar tudo, ou parte de tudo.
Confesso ainda estarem faltando dois episódios para assistir, mas até agora , aprendi que:

1- As escolhas que você fez no passado, com consequências boas ou ruins, fizeram de você quem você é hoje. Sei que isso parece meio óbvio falando assim, mas quando a gente tem exemplos, pode entender de verdade o que isso significa.

2- Invista nos momentos, faça de cada segundinho algo inesquecível, de verdade. A convivência que você está tendo com as pessoas agora, não será a mesma pra sempre, e por vezes, essas lembranças boas são tudo o que vão restar. E se for pra ficar com apenas isso, que a lembrança seja verdadeiramente boa. E que, mesmo em sonhos, você possa voltar lá pra, em momentos de crise, lembrar de quem você realmente é.

3- Não perca a chance de dizer que ama alguém, você estará perdendo uma oportunidade incrível.Ou não. Você nunca saberá se não tentar.

4- Não ligue pra pessoas que só sabem te fazer mal. Acredite, um dia elas terão o troco. (E se puder voltar no tmepo, igual a Erica fez, dê o troco você mesmo)

5- A verdade ás vezes dói, mas deve ser dita. Errar é humano, todos erramos, e ninguém nunca vai poder mudar isso.

6- Medos todos têm, mas existem pra serem enfrentados, mais cedo ou mais tarde você terá que fazer isso, faça agora.

Poderia passar o resto do dia falando no que eu aprendi vendo os 11 episódios da 1ª temporada de Being Erica. Mas vou parar por aqui. Deixando uma dica de uma série realmente boa que pode sim, mudar um vida.

Ps. Certas coincidências me assustam. #piada interna
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Aqui está um breve resumo do site orangotag.com sobre Being Erica:

'Erica é uma jovem de 30 e poucos anos que resolve fazer terapia. Seu analista utiliza um método surreal para ajudá-la a corrigir os erros que Erica diz ter cometido no passado. ‘Você nunca desejou ter uma chance de voltar no tempo e fazer diferente algo que você considerou ser uma grande burrada?’ Pois é, Erica tem esta chance. A diferença é que Erica entra em seu próprio corpo no passado para corrigir seus erros. Outra grande diferença é que Erica não consegue refazer suas ações da forma que realmente desejava. Fatores humanos a levam, muitas vezes, a piorar a situação, mas sempre existe o lado bom de tudo.Vindo de uma família judia disfuncional, Erica ainda está tentando dar um jeito em sua vida: desempregada, sem namorado, com a família no seu pé, tendo que aguentar as comparações com sua irmã, com poucos amigos e estremamente crítica, ela precisa desesperadamente de ajuda. É assim que ela encontra o Dr. Tom (Michael Riley), um analista esquisito que parece saber tudo sobre sua vida e mantém seu consultório ‘aparecendo’ do nada em qualquer parte da cidade. Ele pede que Erica faça uma lista de todos os erros que cometeu e que gostaria de mudar e passa então a trabalhar com cada um deles, em cada episódio. Acreditando que vai conseguir mudar seu presente, ela embarca nesta aventura.'

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Brincadeira reflexiva


Eu e minha irmã temos uma brincadeira que fazemos juntas quando ouvimos um homem dizer que acha uma mulher esteticamente bonita.
Fulano diz:
- Ah, mas tal atriz é tão linda, com aqueles cabelos, aquele corpo..bla bla bla
E começamos a tentar fazer com que o Fulano imagine como seria essa mesma mulher se não tivesse aquele corpo, aqueles cabelos, aqueles olhos, aquele sorriso.
Os Fulanos a quem perguntamos nunca entenderam a verdadeira essência da brincadeira.
Sempre respondiam:
- Ah , parem com esssas coisas, ela continuaria linda do mesmo jeito pra mim.
Nem se dão ao trabalho de refletir sobre isso, só sabem rebater.
O fato é: nascemos em uma sociedade de aparências, onde todos julgam você pelo que você aparenta ser, não pelo que você é.
Não sei de onde começou essa brincadeira, mas hoje entendi sua função.
Se , após desprovir a pessoa de toda aquela beleza exterior e ela continuar linda pra você, podes dizer que ela é verdadeiramente linda.
Porém se a desprovirmos de toda sua beleza e não restar nada, ela não passará de um boneco, um manequim dentre tantos outros que enfeitam vitrines.
Percebi , em poucos velórios aos quais participei,que as pessoas lembram de momentos vividos, de coisas que a pessoa falou ou fez, do jeitinho que ela tratava seus familiares e amigos, das tantas gargalhadas que dava quando estava feliz, dentre outras lembranças, sejam elas boas ou ruins.
E lá está o corpo da pessoa que tanto estão falando, deitado no caixão. Alguém quer ficar com aquele corpo, por ele ser bonito, alto, magro, de cabelos lisos ou porque tenha qualquer outra característica tão valorizada nesse mundo de aparências?
Não.
Sabe por quê?
É só um corpo, e as pessoas não estão chorando por ele, estão chorando pela alma, pela pessoa que existia ali dentro e se foi.
Heranças serão disputadas à tapa, quem vai ficar com os vestidos, o carro, a casa...
Mas o mais importante já se foi.
E isso ninguém vai conseguir ter de volta.
A sociedade vai continuar impondo esteriótipos de beleza para serem rigorosamente seguidos por todos.
Mas eu pergunto..
Quando seu corpo inteiramente perfeito e lindo estiver deitado num caixão, de que momentos as pessoas ao redor lembrarão de você?

Eu e minha irmã continuamos fazendo essa brincadeira até hoje, e rindo de todas as respostas.
Os Fulanos nunca entendem, nunca.